O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça
Filho (PE), pediu agora a noite a demissão do diretor financeiro da BR
Distribuidora, Nestor Ceveró. Segundo reportagem de hoje (19/3) do jornal O
Estado de S. Paulo, Ceveró é apontado como responsável pelo parecer que
chancelou a compra superfaturada da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras,
em 2006, quando era diretor internacional da estatal. O deputado considera
absurda a manutenção de uma pessoa no serviço público que levou o governo
federal a efetivar a aquisição de empresa que trouxe prejuízos de mais de US$ 1
bilhão aos cofres públicos. Hoje, a própria presidente da República, por meio
de nota, admitiu que autorizou a compra da refinaria com base em documento
incompleto e com falhas, justamente o parecer de responsabilidade de Nestor
Ceveró.
“Se houve um erro e esse erro foi patrocinado por
um diretor da Petrobras que a presidente da República aponta como responsável por
esse ato lesivo ao interesse público, evidentemente que esse cidadão tinha que
ter sido banido, tinha que ter sido afastado da direção da empresa. No entanto,
para minha surpresa, a matéria de O Estado de S. Paulo diz que Nestor Ceveró, o
arquiteto da operação, hoje é diretor da BR distribuidora e nada mais nada menos
do que diretor de finanças. Esse fato não pode ficar encoberto. A presidente da
República deve demitir hoje o diretor financeiro que foi responsável por uma operação
que causou esse monumental prejuízo”, apontou Mendonça Filho.
Em discurso no plenário da Câmara nesta noite, o
líder democrata reforçou que a presidência da República precisa dar uma
resposta urgente a esse grave fato denunciado, mais um que está contribuindo para
dilapidar um patrimônio de todos os brasileiros. A refinaria que custou US$
42,5 milhões a empresa belga Astra Oil foi adquirida por US$ 360 milhões pela
Petrobras. Dois anos depois, por causa de uma cláusula contratual, a estatal brasileira
pagou mais de U$S 800 milhões pelos outros 50% da empresa belga.
“Para a surpresa da nação a gerentona, a tão
competente senhora da infraestrutura do Brasil, presidente Dilma Rousseff
presidia a época o conselho de administração da Petrobras. Ela junto com todos
os conselheiros autorizaram a aquisição dessa refinaria por esse valor
bilhionário incluindo cláusulas absolutamente lesivas ao patrimônio público, ao
interesse da sociedade brasileira”, completou Mendonça Filho. “A presidente
hoje por nota entregue por sua assessoria de imprensa disse que foi levada ao
erro, que a nota técnica comandada pelo diretor de relações internacionais da
Petrobras, senhor Nestor Ceveró, levou ela e o restante do conselho ao erro, a
um erro de mais de um bilhão de dólares”, protestou.
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