O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio
Zimmerann, não respondeu ao questionamento direto sobre quanto irá
aumentar a conta de luz do brasileiro em 2015 por conta das medidas do
governo para conter a atual crise geral do setor.
Em audiência pública realizada na Comissão de Minas e
Energia da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (19),
Zimmermann era pressionado pelos democratas Mendonça Filho (PE) e
Rodrigo Maia (RJ), que insistiam no questionamento direto, quando o
presidente do colegiado Geraldo Thadeu (PSD-MG) resolveu abruptamente
encerrar a audiência.
“Infelizmente acontece e é natural o deputado querer
puxar o saco do governo e não entender que são poderes harmônicos, mas
independente. Mas o mais grave é o secretário não ter respondido uma
pergunta básica: qual é o impacto nas nossas contas dessa transferência
de recursos que vai chegar a R$ 20 bilhões no final do ano e que o
governo está tendo que transferir para os distribuidores de energia?
Quando apresentaram a medida provisória para reduzir artificialmente as
tarifas no ano passado, eles divulgaram em cadeia nacional. O que nós
querermos saber agora, que estamos em ano eleitoral, é se o governo vai
dar a informação correta novamente”, criticou Rodrigo Maia.
Em sua tergiversação, o secretário tentou argumentar
que o fim do contrato de concessão de duas usinas geradoras que serão
revertidas para a União atenuarão o aumento na conta. Mas, ao ser
questionado pelo líder democrata Mendonça Filho se ele asseguraria isso,
o secretário não respondeu.
“Infelizmente vossa excelência comanda a área de
maior fracasso no governo da presidente Dilma. É lamentável que ela, que
tem a sua história vinculada com uma suposta competência na área de
estrutura e energia tenha um fracasso tão retumbante durante seu
governo. A tentativa da presidenta em executar uma política populista no
sistema energético resultou nas consequências que estamos vivendo
hoje”, definiu Mendonça.
Assessoria de Comunicação
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