quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mendonça Filho assume legado político

BELO JARDIM - Frente à dimensão do patrimônio político deixado pelo o ex-deputado federal José Mendonça (DEM), o deputado federal Mendonça Filho (DEM) está ciente da sua “missão de preservar” o que o pai construiu. Franco, Mendoncinha classifica como “desafio imenso” o trabalho de conduzir o que foi erguido ao longo de 11 mandatos. “Ele tinha só de política o tempo que eu tenho de idade”, disse.

Apesar do perfil mais metropolitano, o ex-governador grifa que sua raiz política é do Agreste. “Jamais deixarei de me dedicar no sentido de oferecer meus esforços por essa terra”, assegura. Ao mesmo tempo, recorre à humildade: “A medida é que meu pai tinha mais tempo para se dedicar. Vou precisar de um desdobramento maior sem ter o talento que ele tinha”.

Para Mendoncinha, o vazio que fica é “impreenchível”. Dirigente do DEM no Estado, ele enaltece como notável a trajetória do pai, fazendo questão de registrar que o genitor “cresceu na vida com muito esforço”, tendo sido cambista de bicho no distrito de Serra do Vento. Como herdeiro político e condutor do legado, o primeiro nó que Mendoncinha precisará desatar para suprir a ausência deve ser o de rearrumar o grupo político deles em Belo Jardim para a disputa municipal de 2012. Prefeito da cidade e afilhado político de José Mendonça, Marcos Coca-Cola (DEM) havia aberto mão de disputar a reeleição no ano que vem em favor da candidatura do padrinho político ao executivo municipal. O gestor afirmou que as costuras estavam definidas para que José Mendonça realizasse o sonho de ser prefeito.

Com a mudança de cenário, as negociações voltarão a estaca zero, já que além de Coca-Cola o sobrinho de José Mendonça e ex-prefeito João Mendonça também tem pretensões eleitorais. O prefeito, por sua vez, já admitiu que seu líder, daqui pra frente, será Mendonça Filho. Irmão de Mendoncinha, Danilo Mendonça considera que “como herdeiro político, Mendoncinha deverá coordenar esse processo”. O ex-ministro Gustavo Krause, que conviveu com José Mendonça, desde 1975, acredita que Mendoncinha “não só manterá como ampliará o patrimônio”. Krause fez um comparativo entre o perfil dos dois, pai e filho, registrando que enquanto o patriarca “fazia política com emoção, mas, curiosamente, tinha a coragem da reconciliação”, Mendoncinha é mais “racional e contido, embora tão amplo como o pai, apenas mais razão e menos emoção, nem por isso menos agregador”. FP,27/04/11.

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