quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Eduardo Campos é um líder que cresce, sim, mas à sombra da máquina pública.

Roberto Jefferson  

O governador Eduardo Campos, tido e havido como peça importante no tabuleiro de 2014, está na berlinda. Esta semana, o jornal "Valor Econômico" vem mapeando os passos do PSB, partido comandado pelo pernambucano. No último fim de semana, "O Globo" já traçara seu perfil político, taxando-o de "o novo 'painho' da política do Nordeste", neto e herdeiro político que é do ícone esquerdista Miguel Arraes. "Painho" soa pejorativo, e é. Já na bíblia do mercado brasileiro, o "PSB é governo em 21 Estados e 17 capitais", resultado de uma política agressiva de alianças, e "prepara-se para em 2012 alargar sua representação no grande espaço de disputa da política brasileira atual: o centro, território dominado pelo PMDB e visado pelo recém-criado PSD". E hoje, o "Valor" avança mais um pouco, registrando que está em curso a montagem de uma aliança entre o PSB e o PSD que tem tudo para ameaçar a eleição de Henrique Alves (PMDB-RN) a presidente da Câmara em 2013. Esta seria a estratégia em curso para cacifar Campos como nome forte ou para ser candidato a presidente caso Dilma não concorra à reeleição ou a vice no lugar de Michel Temer na chapa petista. A imagem que vem sendo construída de Eduardo Campos é a de um líder que cresce, sim, mas à sombra da máquina pública. Seu correligionário e ministro da Integração Nacional, o também pernambucano Fernando Bezerra, não é uma boa referência. Querem colar na testa do herdeiro político de Miguel Arraes a marca do atraso.

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