quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mão Santa se despede do Senado e diz que foi oposição 'por amor ao Brasil'

Em seu 1.502º pronunciamento, o senador Mão Santa (PMDB-PI) se despediu do Senado nesta quarta-feira (22) afirmando que sua atuação parlamentar foi inspirada pelo amor, não pelo ódio como o presidente Lula, e pelos grandes exemplos. Ele também agradeceu a Deus pela oportunidade de fazer o melhor possível e disse que leva a saudade dos senadores que faleceram nos últimos oito anos.
- Nós só somos bons mortos. Saio com a satisfação do cumprimento da missão. Jamais farei oposição a Deus, mas fiz ao Luiz Inácio por amor ao Brasil, como Rui Barbosa fez oposição ao Marechal Deodoro, o Marechal de Ferro. Ele fez e está aí reconhecido  - afirmou.
Mão Santa disse que, assim como o período em que foi cirurgião, sua passagem pelo Senado o sensibilizou e valeu como uma pós-graduação em problemas do Brasil na "universidade do patriotismo".
- Deus, agradeço por este dia aqui que finda o meu mandato de Senador da República representando o grandioso Estado do Piauí. Piauí, terra querida, filha do sol do Equador, pertencem-te nossos sonhos, nosso amor e nossa vida. Na luta o teu filho é o primeiro que chega. Foi assim que eu fiz, eu lutei, eu sou do Piauí. Sei que ainda não realizei tudo que esperas de mim, meu Deus. Deus botou aqui para a gente continuar a obra dele. Estou preparado para fazer que te orgulhes de mim, meu Deus. Esquecerei o dia de ontem com todas as suas provações e atribulações, provocações e retrocessos, iras e frustrações. O passado já é um sonho de que não posso recuperar uma única palavra nem apagar qualquer ato. Quem sabe, o sonho é seu, eu não posso apagar - declarou. 
Apartes 
O senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) disse, em aparte, que a história dessa legislatura não poderá ser contada sem ressaltar a participação de Mão Santa. "O presidente Lula não tem nenhuma razão em afirmar que foi ofendido por Vossa Excelência ou tratado menos do que deveria", afirmou. O senador Adelmir Santana (DEM-DF) disse que viu o amor que Mão Santa tem pelo Piauí e pelo Brasil.
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse que Mão Santa é um homem leal, verdadeiro, cativante, trabalhador e um dos mais cultos que já conheceu. O senador Efraim Morais (DEM-PB) disse que Mão Santa é um homem carismático, do povo, de decisão, destemido e que não fica em cima do muro. Efraim observou que o senador piauiense deverá ser um dos representantes do Brasil no Parlasul.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que Mão Santa consagrou um estilo próprio, pois ninguém falou tanto da tribuna do Senado. Ele salientou que o estilo extrapolou as fronteiras do Piauí e o transformou em senador do Brasil. O senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) disse que herdou a amizade que Mão Santa tinha pelo seu pai. Ele lembrou um encontro em Fortaleza em que o povo cercou Mão Santa, provando a grande popularidade que possui.
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse que Mão Santa foi o destaque do Senado e atuou como um grande padrinho dele. O senador Alfredo Cotait (DEM-SP) também manifestou sua admiração por Mão Santa. O senador Augusto Botelho (sem partido-RR) disse que Mão Santa é um comunicador sem igual e que fica impressionado com a popularidade do senador nas localidades mais distantes de Roraima.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que Mão Santa tem a política no sangue e o insucesso na última eleição não vai tirá-lo da política. O senador Marco Maciel (DEM-PE) destacou a coerência, a assiduidade e a preocupação de Mão Santa com os problemas do Nordeste. "Em política é difícil ser coerente", salientou.
O senador Magno Malta (PR-ES) disse que a despedida não é um momento feliz, mas que o bom humor de Mão Santa aliado à sua cultura o tornaram um poeta de cordel. Ele observou que todos que o visitam em Brasília pedem para conhecer o senador Mão Santa. O senador Neuto De Conto (PMDB-SC) lembrou que teve diferenças naturais com Mão Santa, mas ressaltou que os dois sempre convergiram nos temas importantes para o país.
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) afirmou que foi um privilégio conviver por oito anos com Mão Santa. Ele disse não ter dúvida que o senador deixará um vazio na imagem da TV Senado, pois constatou os efeitos do alcance da televisão quando as pessoas perguntavam por Mão Santa. O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) disse que Mão Santa foi um exemplo de competência e de assiduidade.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) assinalou a gentileza de Mão Santa no trato com os demais parlamentares e disse ter certeza que o senador é conhecido em todo o mundo através da internet. O senador Francisco Dornelles (PR-RJ) disse que uma das grandes satisfações que teve nos últimos quatro anos foi a convivência com Mão Santa.
Agência Senado

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