BRASÍLIA (Folhapress) - O assalto ao cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros, no Rio, é tido como uma das principais ações da esquerda armada durante a ditadura militar (1964-1985). O cofre em questão ficava guardado na casa de Ana Capriglioni, apontada em relatórios militares como amante do governador.
O crime é creditado à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), grupo político-militar de oposição à ditadura formado por volta de 1969 com a fusão de outras organizações. Realizado em 1969, o assalto rendeu à guerrilha US$ 2,5 milhões. Embora militasse na VAR-Palmares, a presidente eleita, Dilma Rousseff, assim como colegas de militância, nega ter participado diretamente do crime.
Depoimentos e relatórios policiais mostram, no entanto, que ela administrou parte do dinheiro obtido no roubo para bancar outras ações do grupo.
Dilma teria usado o dinheiro para pagar salários a militantes, encontrar abrigo para eles e comprar um carro para a organização. A partir da divulgação do crime, em 1970, Ademar de Barros Filho e Ana Capriglioni negaram que o cofre pertencesse ao ex-governador e que nele houvesse a quantia apurada.
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