domingo, 5 de dezembro de 2010

“O TCU tem que ser duro”, avisa Zymler

PORTO ALEGRE (Folhapress) - Eleito para presidir o Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011, o ministro Benjamin Zymler minimiza os atritos com o Palácio do Planalto: “Há uma percepção de que o Tribunal muitas vezes é duro e tem de ser duro. Em algum momento isso significa algum tipo de problema pontual, mas a perspectiva de longo prazo é a de melhoria de gestão do próprio Governo”. Nos últimos anos, o presidente Lula dirigiu críticas ao TCU por recomendar paralisação de obras. Em Pernambuco há duas obras na mira do TCU - a refinaria de petróleo e a Adutora de Pirapama.
Ontem, em Porto Alegre, o ministro disse que decisões do órgão fizeram o Governo Federal economizar R$ 2,6 bilhões ao cortar o sobrepreço em obras da União. Segundo ele, o valor reflete a diferença dos projetos orçados em editais do Governo com os preços de referência do TCU, apenas do período entre janeiro e agosto deste ano.
“Não é um número esotérico ou mítico. (Quando havia indícios de superfaturamento) o Tribunal determinou a publicação de novos editais contendo um orçamento extirpando o sobrepreço. Isso foi feito”, disse Zymler em palestra, durante encontro sobre controle público.
Ele citou o caso da Valec (estatal de infraestrutura ferroviária), que havia apresentado projetos cujos orçamentos nas ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste excederam em R$ 340 milhões os preços de referência. Zymler foi eleito anteontem e deverá ser empossado no próximo dia 8.

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