quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Frente de Geraldo seria de 140 mil votos

  Traduzindo em números reais, os 16 pontos percentuais que o prefeito Geraldo Júlio, candidato à reeleição no Recife pelo PSB, abriu sobre o seu adversário, o ex-prefeito João Paulo, na contagem apenas dos votos válidos – 58% a 42% - representam 139.757 mil votos de frente. Isso tomando como base que, no primeiro turno, os votos válidos somaram 873.485. Se a totalidade desse eleitorado se repetir, 58% dos votos válidos dariam a Geraldo 506.621 votos e 42% de João Paulo representariam 366.864 votos, diferença, portanto, de 139.757 votos.
Os números poderiam ter sido muito mais adversos a João Paulo se tivesse ocorrido uma migração hegemônica dos eleitores que votaram em Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM) no primeiro turno. O Datafolha apurou, entretanto, que apenas 50% dos eleitores do tucano foram para Geraldo ante 26% para João, enquanto 47% dos eleitores de Priscila optaram por Geraldo e 25% por João. Teoricamente, o perfil do eleitor de Daniel e Priscila não votaria em PT.
Mas, na verdade, segundo turno é uma nova eleição e política não é uma ciência exata. É incompreensível, no entanto, que alguém que tenha feito a opção por um nome de centro-direita, como é o caso de Daniel e também da própria Priscila, venha dar uma guinada para o PT no segundo turno. De qualquer forma, o cenário do Recife só tende a sofrer uma mudança se ocorrer um fato que realmente venha a mexer no emocional do eleitor.
O que o Datafolha apontou no Recife – na frente o mais votado do primeiro turno – é um fenômeno que se repete em todas as disputas de capitais. Basta ver o caso de Belo Horizonte, também divulgado ontem. Ali, o candidato do PSDB, João Leite, o mais votado no primeiro turno, aparece com 36% contra 29% de Alexandre Kalil, do PHS. Um quadro que chama a atenção do levantamento Datafolha é que 87% dos eleitores entrevistados disseram já ter decidido o seu voto.
A pesquisa traz ainda um dado relevante: no Recife, diferentemente de BH e Rio, o eleitor afirma ter decidido o seu voto no primeiro turno faltando um mês para as eleições, enquanto nas demais capitais isso cai para 54 dias. Na prática, muito ruim para quem está levando desvantagem, porque a propaganda eleitoral no rádio, na TV e nas redes sociais tende a sofrer pouca ou quase nenhuma influência.

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