Ao concluir, neste sábado, agenda em Arcoverde, Sertão do Estado, totalizando visitas a 42 municípios pernambucanos nesta campanha, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) comparou a ação do Governo do Estado, tachada por ele de “cooptação”, à ditadura. Levando em conta toda sua histórica política, o peemedebista grifou nunca ter visto em Pernambuco um governador (Eduardo Campos) “tão mesquinho e pequeno nas atitudes políticas”. “Eu me lembro que a ditadura ameaçava, agredia e tal mas não essa coisa constante, renitente de buscar as pessoas”, recordou o ex-governador, referindo-se a mais um episódio envolvendo o prefeito tucano Padre Marcos (Ibimirim), que voltou a queixar-se de perseguição pelo Palácio do Campo das Princesas.Jarbas sublinhou ter combatido a ditadura e ajudado no processo de redemocratização sem nunca ter visto algo semelhante. Contou também que o Padre Marcos lhe revelou, ontem, continuar sofrendo “ameaças de perseguição”. “Ele disse que ainda esta semana, até a quarta-feira ainda recebia telefonemas de pessoas no sentido de ele abandonar nosso palanque. Isso é coisa nunca vista em Pernambuco”, reforçou. Questionado se a oposição ajudará o padre com proteção, Jarbas respondeu que se for solicitado tomará a iniciativa. E cravou: “Eu vou bater à porta da Justiça tantas e tantas vezes quanto for necessário com inúmeras ações". Ainda considerou: “Vão respingar em Brasília e, em Brasília, as coisas são mais fáceis de acompanhar”.
O senador tratou ainda de “pressão sofrida por comerciantes” em Arcoverde. Ele disse ter recebido queixas durante sua caminhada pelas lojas do centro comercial e adiantou que pedirá um levantamento mais específico do caso. Em Arcoverde, o atual prefeito, Zeca Cavalcanti (PTB) foi “cria” do Governo Jarbas. Vereadora na cidade pelo PR, Célia Cardoso explicou que o petebista teve oito anos na Fusam na era Jarbas, além de outros cargos e que depois da eleição de 2008 “passou para o outro lado”. Por Renata Bezerra de Melo
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