sábado, 21 de agosto de 2010

Tem tucano fazendo festa para Jarbas

RENATA BEZERRA DE MELO Enviada especial
ARCOVERDE - O senador e candidato ao Governo do Estado, Jarbas Vasconcelos (PMDB) foi buscar votos, ontem, em “lugares difíceis”, nos quais as tradicionais lideranças estão apoiando a reeleição do governador Eduardo Campos (PSB). Junto com seus companheiros de chapa, Marco Maciel (DEM) e Raul Jungmann (PPS), passou por Floresta, Petrolândia, Jatobá, Tacaratu e Inajá - este último onde “nem tinha aliado para receber” -, deparando-se com boa receptividade. Em contrapartida, deixou por último um dos municípios no qual possui “estrutura”, Ibimirim, encerrando ali a maratona de ontem diante de um público de cerca duas mil pessoas, que o aguardava no Clube Estação do Forró.

O evento foi simbólico, já que a mobilização foi realizada justamente por um dos únicos três prefeitos do PSDB que não migraram para base do socialista, de um total de 17: o Padre Marcos. Há pouco menos de um mês, ao lado do peemedebista em Santa Maria da Boa Vista, o pároco revelara ter sido assediado várias vezes pelo governador para mudar de lado, tendo negado todos os convites.

Ontem, o tucano não se prolongou no assunto, mas informou, em entrevista, ter sido obrigado a devolver verba do Governo do Estado para a construção de uma Academia das Cidades, porque foi exigida a ele, pelo Estado, uma contrapartida de R$ 49 mil com a qual o erário municipal não poderia arcar. O padre afirmou que, em municípios de aliados, citando Aliança como exemplo, o Eduardo Campos “deu a obra sem pedir nada em troca”. Ele afirmou à Folha ter recebido repreensões de governistas após dar depoimento contrário ao socialista. “Eles (do Governo) dizem: você está perdendo tudo”, contou. E queixou-se ainda de dívida do Governo com a cidade, no valor de R$ 5 milhões, referente ao transporte escolar.

Jarbas, em seu discurso, optou por ser sucinto, porque ainda tinha, pela frente, uma caminhada, inauguração do comitê e jantar na mesma cidade. Mas assegurou que, quando o adversário tenta, “por métodos extravagantes, calar a oposição, provoca ainda mais força”. Anteriormente, em entrevistas às rádios Cidade Jatobá e Inajá FM, ironizou a promessa feita, ontem, por Eduardo Campos, em entrevista a uma rede de televisão, de criar dez centros regionais, espécies de clínicas médicas capacitadas para atender especialidades diversas. “A Saúde está um caos aqui no Estado. Se ele anuncia que vai fazer agora, pega mal. Agora, é promessa de última hora”, cravou.

O senador também comentou a rápida reação do governador a sua proposta de baixar a tarifa do celular pré-pago. “Eu fiz uma proposta. Ele diz que não vai responder. Usou e abusou da forma de dizer que não queria baixaria. Eu fiquei até desconfiado com isso, porque, geralmente, quem diz muito isso é porque tem alguma coisa por trás, não é? Eu fiz uma proposta, daí a tachar a proposta de baixaria já era demais”, observou. Em Jatobá, o senador foi recepcionado pelo ex-prefeito Itamar Toletino, filiado ao PDT, do vice-governador João Lyra Neto. “Mas o coração é de Jarbas”, assinalou o pedetista.

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