domingo, 10 de julho de 2011

Queda de ministros e escândalos em seis meses


RENATA BAPTISTA

A presidente Dilma Rousseff (PT), com pouco mais de seis meses de gestão, depara-se com uma das maiores crises já vistas na Esplanada dos Ministérios. Dois ministros caíram - Alfredo Nascimento (Transportes) e Antonio Palocci (Casa Civil) -; dois trocaram de cargo (Luiz Sérgio e Ideli Salvatti); e ao menos outros cinco já tiveram seus nomes envolvidos em escândalos e perto de deixar o Governo. A Folha de Pernambuco relacionou a situação desses ministros e ouviu ex-ministros de gestões passadas, além de representantes petistas, para discutirem a imagem da presidente diante da crise.
Com a queda de Alfredo Nascimento (PR-AM) do Ministério dos Transportes, na última quarta-feira, são dois ministros que deixaram o Governo Dilma em um intervalo de menos de um mês, devido a envolvimento em escândalos. Desde o Governo Itamar Franco (1992-1994) não se via tamanha baixa em tão pouco tempo de governo de um presidente. Nascimento, que voltou a ocupar sua cadeira no Senado (mas já se licenciou do cargo), não aguentou a pressão após a divulgação de um suposto esquema envolvendo servidores do Ministério e de órgãos ligados à pasta em superfaturamento de obras e recebimento de propina, e pediu demissão.

Em 7 de junho, foi a vez de Antonio Palocci (PT-SP), que ocupava o posto mais importante do Governo - a Casa Civil - pedir demissão. Sua queda começou a ser anunciada após a divulgação de que seu patrimônio aumentou 20 vezes em um período de quatro anos, entre 2006 e 2010. Na época ele era deputado federal e também sócio de uma empresa de consultoria altamente lucrativa. Com a suspeita de que Palocci se aproveitava de sua condição de ex-ministro da Fazenda da gestão de Lula para fazer tráfico de influência, a situação ficou insustentável. Palocci foi substituído pela senadora Gleisi Hoffmann (PT).

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