sábado, 18 de fevereiro de 2017

Força-tarefa no Rio negocia delação envolvendo Cabral


Segundo fontes próximas às investigações, o doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, está em tratativas para assinar o acordo de delação premiada
iG Minas Gerais | Agência Estado
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro negocia, em estágio avançado, uma nova delação premiada que revelaria detalhes de supostos envios de propinas ao exterior para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo fontes próximas às investigações, o doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, está em tratativas para assinar o acordo de delação premiada.
A colaboração avança sobre repasses no exterior, que integrantes do Ministério Público Federal (MPF) acreditam que podem chegar a R$ 1 bilhão.
Em outra ponta, os procuradores têm progredido nas apurações sobre fraude em licitações no Estado do Rio que podem atingir o ex-secretário estadual da Saúde Sérgio Cortes. O MPF suspeita da existência de irregularidades na conquista de licitações na área da Saúde.
Cortes acompanhou Cabral na viagem a Paris, em 2009, que se tornou conhecida após a divulgação de fotos de parte da comitiva em uma festa portando guardanapos na cabeça. Além de Cortes e Cabral, o então secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, estava no grupo que acompanhava o então governador e virou alvo das investigações.
Juca Bala, brasileiro que morava em Montevidéu, no Uruguai, teria começado a atuar para o esquema de Cabral quando os doleiros Renato e Marcelo Chebar - que já fecharam acordo de delação - passaram a ter dificuldades em tocar a operação do ex-governador. O motivo teria sido o aumento do volume de propina depois de 2007, quando Cabral assumiu o governo do Rio.
Os irmãos doleiros já revelaram como a organização criminosa liderada por Cabral ocultou mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões) com o envio de propinas para o exterior.
Defesas. Cortes negou irregularidades durante sua gestão. Procurado na noite de ontem, Fichtner não se posicionou até as 21 horas. Os advogados de Cabral não responderam aos contatos da reportagem.

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