quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Governo faz, desfaz e se desfaz


Carlos Brickmann
O problema do Brasil definitivamente não é a falta de Governo. Só em Brasília há três, que jamais poderiam conviver se não fossem, os três, presididos simultaneamente pelo mesmo Michel Miguel Elias Temer Lulia.

Ou talvez sejam três os Michel Temer, mudando conforme o tema. Na Economia, as coisas andam: pode-se discordar dos seus rumos, mas é certo que há objetivos, e que vêm sendo alcançados sem grandes turbulências, sob o comando de gente do ramo, de boa reputação. Nesse clima, mesmo notícias ruins, como o desemprego em alta, acabam sendo bem aceitas.

Na Política, Temer parece chamar a Lava Jato a cada instante. Perde-se em bobaginhas. O caso Geddel, do ministro que caiu porque queria mexer no gabarito de um prédio na praia, só não é exemplar porque não serviu de exemplo. Temer repete Dilma, que quis nomear Lula ministro para dar-lhe foro privilegiado: nomeia Moreira Franco para salvá-lo de Moro.

O restante do Governo parece descoordenado. Insistir em Édison Lobão, que responde a inquérito autorizado pelo Supremo, para presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, é atrair tempestades. Elevar Alexandre de Moraes ao Supremo, ele que, em sua tese de doutoramento, já deu os argumentos para não ser nomeado? Eleger Eunício, citado em delação, para presidente do Senado, é contratar uma crise futura.

Na disputa dos três Michéis, quem é o Michel verdadeiro?

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