quarta-feira, 16 de março de 2011

José Agripino assume com a missão de revigorar o DEMOCRATAS

BRASÍLIA (Folhapress) - Em seu discurso como novo presidente do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) reafirmou as bandeiras da sigla como legenda de oposição. Em um recado ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) - que pretende desfiliar-se para fundar o PDB - , Agripino disse que “ninguém se abriga por oportunismo numa legenda de oposição” - por isso é necessário ter convicções oposicionistas para integrar o partido.
“O que eu defendo, eleito por vocês presidente do partido, é que nós coloquemos o sentimento partidário e as idéias do partido acima de interesses pessoais”, disse. O nome do prefeito não foi mencionado em nenhum dos discursos da convenção nacional do DEM que elegeu Agripino novo presidente da sigla.
O líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), foi o único a mencionar a possibilidade de alguns filiados deixarem o partido junto com Kassab - mas sem citar o nome do prefeito. “José Agripino é o nome capaz de fazer com que aquelas pessoas que desejam sair do partido possam ainda ficar. Não queremos de forma alguma ter uma posição radical, ter posição de imposição partidária”, afirmou.
Num afago à senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que ameaça deixar o DEM junto com o grupo de Kassab, Agripino defendeu a preservação do meio ambiente aliada ao desenvolvimento. A senadora é presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e defensora do agronegócio no Congresso. “Defendo que a defesa do meio ambiente conviva com o desenvolvimento. Isso é modernidade, que tem que ser bandeira do Democratas”, ressaltou.
Agripino disse que aceitou a “missão” de comandar o DEM depois que as duas alas divergentes da sigla fizeram sucessivos apelos para que ficasse no controle do partido num mandato-tampão até setembro - quando o DEM elege um novo presidente. “Se um e o outro me convida para exercer a missão, o que está por trás disso: o desejo claro da unidade. Se escolheram um conciliador, é porque as duas facções querem a unidade. Jamais poderia me negar a essa tarefa”, afirmou Agripino, que sucede o deputado federal Rodrigo Maia (RJ).
Nos rápidos discursos houve duas ênfases: a autocrítica e a reafirmação do papel de oposição. “A eleição de Agripino sinaliza e reafirma nossa decisão, tomada em 2002, de ser oposição”, disse Rodrigo Maia. “Precisamos ter um rumo, uma direção. Não somos de esquerda, não somos de ultradireita, não somos governo”, falou Demóstenes Torres.

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