A sociedade pernambucana está assistindo e vivendo nos últimos dias o drama no Instituto de Medicina Legal, que após operação padrão dos médicos legistas trouxe à tona as inaceitáveis condições em que são feitas as necrópcias naquela unidade. Diante do absoluto caos e condições bárbaras de trabalho, que revela uma situação de desumanidade para os profissionais e familiares envolvidos, e mesmo de indignidade para os cadáveres, o CREMEPE – Conselho Regional de Medicina de Pernambuco -, no mais estrito cumprimento de sua missão institucional, não poderia tomar outra decisão que não a interdição daquele IML.
O PSOL empresta neste momento seu apoio irrestrito ao CREMEPE, que com esta medida chama à responsabilidade as autoridades competentes, no caso o governo estadual. O CREMEPE, ao determinar a interdição, trabalha em prol do respeito aos direitos humanos, em favor da dignidade da pessoa humana. Nenhum ser humano pode ou deve submeter-se às condições inaceitáveis verificadas naquele IML.
Emprestamos também apoio e solidariedade irrestrita aos médicos legistas, que viram na operação padrão o último recurso na busca por condições mínimas de trabalho, após inúmeros acordos descumpridos pelo governo, após terem se submetido durante anos a uma rotina de trabalho desumana. A operação padrão foi um recurso extremo numa situação que já havia extrapolado todos os limites.
Somamo-nos, ao mesmo tempo, ao sofrimento das famílias das vítimas que infelizmente precisam utilizar-se dos serviços do IML. Mas é preciso reconhecer que em algum momento seria necessário dar um basta à irresponsabilidade sem limites do governo do estado, que se utilizou durante muito tempo da criatividade, da paciência e do espírito humanista dos médicos legistas, que na condição de operadores das necropsias, sempre estiveram colados no sofrimento das famílias pernambucanas.
O caos no IML de Pernambuco é a face social do governo Eduardo Campos. É a mesma face do governador que fugiu ao desafio de visitar o necrotério do Hospital da Restauração quando das eleições 2010, quando foi desafiado pelo então candidato do PSOL a contar os óbitos naquele hospital. Uma verdadeira carnificina.
O governador Eduardo Campos é o responsável pela operação padrão dos médicos. É o responsável pela interdição absolutamente constitucional aprovada pelo CREMEPE. É o principal e único responsável pelo sofrimento da população. O fato de Pernambuco estar passando por um período de crescimento econômico impar em sua história, torna o governo Eduardo Campos ainda mais irresponsável, ainda mais descompromissado com qualquer perspectiva de desenvolvimento social.
Recife, 17 de março de 2011
Executiva Estadual do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade de Pernambuco
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Olá Benone, sou de Brejinho mas atualmente moro em Brasilia, fico feliz em colaborar com seu blog e também saber noticias no nosso sertão ...
Eduardo,altoriza os médicos legistas do iml,anotar o nome dos mortos e mandar enterra-los,o japones já foi liberado,porque os brasileiros ñ foram?,morreu tem que ser enterrado,ou enterramos em nosso quintal
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