Sem um minuto de paz desde a última quarta-feira, quando começaram as denúncias contra a sua pasta, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, começa hoje uma semana decisiva para a sua manutenção no cargo. Terá uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, marcada pela própria petista na última sexta-feira. Amanhã, deverá ir ao Congresso Nacional para se defender das denúncias que estão surgindo a cada dia.
Bezerra é o oitavo ministro do governo Dilma a ser bombardeado com denúncias. Dos outros sete, apenas Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), ministro da cota pessoal da presidente e amigo de Dilma, escapou da degola.
Dos seis ministros que deixaram o governo em virtude de denúncias de corrupção, só Antônio Palocci pertencia ao PT. Os demais, ligados a partidos da base aliada do governo, foram caindo um a um: Pedro Novais e Wagner Rossi, ambos do PMDB, Alfredo Nascimento (PR), Orlando Silva (PCdoB) e Carlos Lupi (PDT).
Agora chegou a vez de o PSB enfrentar o bombardeio. Mais um partido aliado ameaçado. O roteiro segue o de quase todos os outros ministros: vem a denúncia, governo sai em defesa, novas denúncias surgem e o ministro “pede” para sair. É aguardar para ver a força de Bezerra Coelho e o cacife do PSB, que já deu várias demonstrações de lealdade à presidente em votações no Congresso. Se esse alinhamento será recompensado, só o tempo dirá.
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