sexta-feira, 21 de abril de 2017

Delator: Cunha recebeu mesada por três anos


Segundo Benedicto Júnior, o deputado cassado recebeu 36 parcelas de 547.000 reais, entre 2011 e 2014
O ex-deputado Eduardo Cunha (Evaristo Sá/AFP)
 Da Veja
O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior afirmou, em delação premiada, que a empreiteira pagou 19,7 milhões de reais ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o peemedebista exercesse influência sobre a liberação de recursos do FI-FGTS para obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Os pagamentos, segundo o delator, foram feitos por meio de 36 parcelas de 547.000 reais cada uma, pagas entre 2011 e 2014.
A delação da Odebrecht é a terceira que aponta esquema de corrupção envolvendo Cunha na Caixa Econômica Federal. O empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, entregou ao Ministério Público Federal uma tabela com 22 depósitos no total de 4.680.297,05 dólares (14,4 milhões de reais) também correspondentes ao Porto Maravilha.
O ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, homem forte de Cunha dentro da instituição financeira, também relatou que o peemedebista cobrava comissões variáveis de 0,3%, 0,5% ou de até mais de 1% dos repasses feitos pelo fundo. Uma delas teria chegado a 52 milhões de reais
Benedicto disse ter se reunido em 2011 com Cunha, no escritório político do então deputado, onde o peemedebista teria pedido as propinas. Os valores exigidos pelo parlamentar foram discutidos em reunião entre as integrantes da Concessionária do Porto Maravilha – OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia.
De acordo com o delator da Odebrecht, teria ficado claro que, “a partir dos pagamentos concretizados, haveria apoio do deputado Eduardo Cunha para eventuais liberações futuras do FI-FGTS para o Porto Maravilha, no Rio”.
No sistema Drousys, utilizado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – o “departamento de propina” da empreiteira – para controlar o pagamento de vantagens indevidas, Cunha tinha o apelido de “Caranguejo”. Procurada, a defesa de Cunha não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Estadão Conteúdo)

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