sábado, 31 de julho de 2010

Jarbas acusa “jogo sujo” de Eduardo e aliados

PETROLINA - Depois de vários dias evitando tratar do que acusa ser “cooptação” de lideranças oposicionistas pelo governador Eduardo Campos (PSB), o peemedebista voltou à carga, instigado pelo discurso dos prefeitos aliados. E para desfazer as especulações de que estaria desanimado na disputa estadual, garantiu que vai à luta. “Estamos animados, apesar desse jogo sujo. Vamos ganhar a eleição porque o povo julgará meu governo e minha história”, garantiu o candidato, ontem, em Santa Maria da Boa Vista (Sertão do São Francisco), durante o discurso mais contundente de sua campanha ao Governo do Estado até agora..

As declarações de confiança de Jarbas vieram durante comício na casa do prefeito Leandro Duarte (DEM). “Vou para luta e vou ganhar essa luta, porque faltam 64 dias para eleição. Vai depender da minha competência, vontade e vou dar minha vida, história e trabalho”, bradou. O senador vinha se mantendo calado há alguns dias sobre o que chama de cooptação, e assim continuou até que dois prefeitos da região foram ao microfone e revelaram ter “sofrido” pressão do Governo para aderir ao Palácio do Campo das Princesas.

O primeiro a puxar o assunto foi um dos três únicos gestores do PSDB que permaneceram no apoio a Jarbas - Padre Marcos, de Ibimirim. “O governador mandou tanta gente! Eu disse a ele: não perca seu tempo não. Eu ‘tô’ bem aqui!”, contou o tucano. Na sequência, foi a vez do democrata Leandro Duarte, segundo o qual, Jarbas não precisou usar de “subterfúgios para manter aliados ao seu lado”. E emendou: “Fui por diversas vezes tentado a mudar de lado. Não tinha cantada no mundo que me fizesse mudar”, declarou ele, considerando uma “coincidência” ter sido cassado pelo TRE, recentemente, sendo posteriormente inocentado, após rejeitar propostas de adesão feitas pelo Palácio.

Diante da lealdade declarada, o peemedebista agradeceu a “resistência implantada”. No embalo, o ex-governador não se furtou a fazer uma observação: “O prefeito de Gravatá (Ozano Brito-PSDB) se recusou a migrar, e ele (Eduardo) diz por aí que o cooptou. Joaquim Neto (ex-prefeito de Gravatá-PSDB e recém-ingresso nas bases do socialista) não pode receber obras, porque não administra município. Então, por que foi para lá? Por que o governador tem olhos verdes?”.

Duas vezes governador de Pernambuco, Jarbas fez questão de deixar claro que não é candidato agora “por questão de vaidade”. Interpretações de bastidores “eduardistas” dão conta de que o parlamentar teria aceitado entrar na disputa “para alimentar o ego”. “Eu tenho plena consciência de que fui bom prefeito, bom governador, senador correto”, pontuou. Mais uma vez, esclareceu: “Não entrei apenas para ser palanque de José Serra. Fui convocado por meus companheiros para avançar mais”.

O périplo do candidato começou às 9h, em Belém do São Franciso, passou por Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande e culminou em Petrolina. Nas primeiras três cidades, ele concedeu entrevistas às rádios locais e visitou, nos dois primeiros destinos, as Ceasas, em que predominam o comércio da cebola. Jarbas estava acompanhado de toda chapa majoritária, deputados estaduais e federais.

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