domingo, 27 de fevereiro de 2011

PSB trabalha para derrubar o PMDB

ARTHUR CUNHA   
Dilma Rousseff (PT) nem bem iniciou o seu governo e o PSB nacional já pôs em prática um ousado plano de fortalecimento partidário que tem tudo para desagradar a presidente da República e outros aliados da base. A meta dos socialistas é chegar a 2014 como uma legenda “nacional”, robusta, estruturada nos maiores colégios eleitorais brasileiros, com lideranças testadas e aprovadas nas urnas. Caso esse planejamento - que tem à frente o governador Eduardo Campos, presidente nacional da sigla - dê certo, o PSB reunirá as condições político-eleitorais necessárias para se apresentar na corrida presidencial como uma alternativa à dicotomia PT/PSDB, que já terá administrado o Brasil há 20 anos.

Em um cenário menos favorável, os socialistas serviriam de opção para compor na vice da própria Dilma ou o do ex-presidente Lula. Para tal, o PSB já escolheu um adversário: o PMDB. Da tentativa de atrair o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à disputa silenciosa, travada nos bastidores, pelos cargos no segundo escalão federal, os socialistas trabalham para derrubar os peemedebistas. Trata-se do alvo imediato, emergencial. Fala-se, inclusive, de uma coalizão política formada por petistas, tucanos, socialistas e até democratas para fechar os espaços do PMDB e aplacar sua ânsia por poder. Com a simpatia de Lula e Dilma, a ideia tem na linha de frente da operacionalização Eduardo Campos e o senador Aécio Neves (PSDB/MG), dois presidenciáveis.


Vice-presidente nacional do PSB, o ex-ministro Robero Amaral confirmou o plano, mas não o atrelou à 2014. “Disputar a Presidencia da República é interesse de qualquer partido. E o PSB se prepara, sim. Agora, não se pode dizer se será em 2014 ou em 2018. As cirscuntâncias políticas têm que determinar. Hoje, temos o compromisso em apoiar o governo da presidente Dilma”, ponderou. Em contraponto, o cientista político Hely Ferreira criticou o “pragmatismo” do PSB. “Cada vez fica mais visível que o que se predomina hoje não são mais os conteúdos ideológicos e programáticos dos partidos, mas os pragmáticos. Em nome de um voo nacional, eles passam por cima de tudo para garantir uma candidatura. No caso, se não a Presidência, a  vice”, argumentou.

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