domingo, 27 de fevereiro de 2011

Unidade ameaçada na Região Nordeste

ARTHUR CUNHA   
É consenso entre os políticos que, para ganhar a Presidência da República, o partido tem que pelo menos marchar unido em todo o País. Para tal, o PSB precisa resolver um foco de conflito interno, que, se não for bem tratado, pode contaminar o planejamento da legenda de subir a rampa do Planalto no futuro. De cunho regional, o problema tem como cerne a hegemonia política no Nordeste. Trata-se da disputa de poder entre o governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, e os irmãos Ciro e Cid Gomes, esse último governador do Ceará.

Originado na pré-campanha de 2010, quando Eduardo articulou a retirada de Ciro da corrida presidencial e levou o PSB para o palanque de Dilma Rousseff, o mal-estar cresceu na composição do segundo escalão do Governo Federal. Campos e os Gomes tentam emplacar os comandos de estatais do segundo escalão, a exemplo da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) - Eduardo trabalha pelo secretário estadual de Recursos Hídricos, João Bosco Almeida. A disputa entre os dois grupos se refletiu também na divisão do bolo ministerial. Eduardo acabou ficando com a melhor parte, ao chancelar o nome para um ministério mais robusto, o da Intregração Nacional, que acabou com o pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB).


Cid e Ciro indicaram o ex-prefeito de Sobral (CE), Leônidas Cristino (PSB), para a Secretaria Nacional dos Portos, com status de ministério. A pasta tinha promessa de ser “bombada” com o comando dos Aeroportos, o que não aconteceu. Sem força política, a bancada socialista na Câmara Federal e no Senado ficou a ver navios. Contudo, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) defende o fim dos conflitos e a união da legenda em torno do Governo Dilma. “Não temos essa pretensão de disputar (a Presidência) em 2014. Nosso compromisso é ajudar o governo da presidente Dilma a ter sucesso. O PSB ajudou a eleger Dilma e tem de estar com centrado em ajudá-la a governar”, destacou Rollemberg.


Presidente estadual do PSB, o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, segue a mesma linha de argumentação. “Acho que o PSB quer ser uma parte influente nos destinos do Brasil. Essa é a vocação do PSB. Isso vai além da vontade de ter qualquer governante ou não. O Brasil precisa aprofundar a democracia e esse é o caminho do PSB”, analisou o dirigente.

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