terça-feira, 4 de abril de 2017

Cenário de interrupção do mandato de Temer é remotíssimo


Por Gerson Camarotti

adiamento do julgamento da chapa Dilma-Temer com a decisão do Tribunal Superiot Eleitoral de conceder mais prazo para as defesas foi recebido com alívio pelo Palácio do Planalto. 

Esse já era o cenário com que as defesas tanto da ex-presidente Dilma Rousseff como do presidente Michel Temer já trabalhavam. 

No governo a avaliação é que a decisão do TSE resultará em mais tempo para o processo, o que torna cada vez mais improvável o afastamento de Michel Temer. 

Com isso, o Planalto tentará criar um clima de normalidade política para conseguir pautar sua agenda de reformas, sem a pressão do julgamento no TSE. 

Há consenso no próprio tribunal que a retomada do julgamento já deve acontecer com a nova composição da Corte, com as substituições dos ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio. 

O governo aposta que a futura configuração possa ser mais favorável em relação ao julgamento. 

O governo também joga com uma análise política desse julgamento, com o argumento de que a queda da chapa Dilma-Temer provocaria um quadro de incerteza no país, com a convocação de eleição indireta para escolha de novo presidente. 

Nos tribunais superiores, esse mesmo argumento já começa a ser verbalizado por vários ministros.

Mesmo em caso de cassação da chapa, a defesa de Temer já sinalizou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal.

Por isso, cresce em Brasília a convicção de que é cada vez mais remota a chance de Temer não concluir o mandato.

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