O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (4) que a indefinição sobre o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é “o pior dos mundos”.
Ele concorda com a concessão de mais prazo para a defesa no processo, decisão tomada nesta terça pelo tribunal, mas defende uma conclusão até o meio do ano.
“Acho que, com calma, vai ter que se fazer esse julgamento. Acho que é importante que no prazo, que é o meio do ano, o TSE decida essa questão, porque a indefinição é o pior dos mundos”, disse.
“Vai ter um relatório, a princípio um relatório que pede a cassação da chapa, e o Brasil não pode ficar um ano nessa dúvida”, completou.
Maia defendeu ainda que a Corte eleitoral julgue separadamente Dilma e Temer. “Acredito muito que se o presidente Michel Temer teve uma prestação de contas separada, ele não pode ser punido pelos erros cometidos pela campanha da presidente Dilma”, afirmou.
O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), também defendeu agilidade no julgamento para que, segundo afirmou, fique comprovado a regularidade das contas de campanha de Dilma em 2014.
“Na verdade, essas contas foram analisadas lá atrás, depois da eleição, foram aprovadas com algumas ressalvas e, até o presente momento, não se constata qualquer tipo de irregularidade que possa ter sido praticada pela presidenta ou pela coordenação de campanha. Então, para nós, o ideal é que isso fosse votado o mais rapidamente possível e reconhecida a inocência da presidenta e a regularidade das contas de 2014”, disse.
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Dória, ambos do PSDB, defenderam a permanência do presidente Michel Temer até o final do mandato.
"O país tem dado inúmeras demonstrações de que tem instituições sólidas e que a democracia brasileira está consolidada. Torço para que o presidente chegue ao final do seu mandato. Já tivemos bastante turbulência", declarou Alckmin.
"Eu espero que ele [Temer] não seja cassado. Respeito a decisão judicial, mas seria ruim para a estabilidade do país. Ele faz um trabalho competente, de recuperação econômica e seria melhor mante-lo presidente até o final do seu mandato", afirmou Doria.
* Colaborou o G1 SP
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