GILBERTO PRAZERES
e JOSÉ ACCIOLY
e JOSÉ ACCIOLY
Não seria de se estranhar se sobrasse algum ataque à oposição na cerimônia de entrega, no fim de semana, da duplicação do viaduto Capitão Temudo, na Joana Bezerra. Contudo o presidente da Câmara do Recife, vereador Jurandir Liberal (PT), foi além. Bem além. Talvez levado pela emoção, o petista confundiu os motivos que levaram ao atraso da liberação da benfeitoria com intervenções do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e atacou o órgão de controle. “O Tribunal de Contas (do Estado) trabalha contra a gente. E tem que dizer isso mesmo!”, bradou o parlamentar, que não ficou sem resposta. Ao saber da fala de Liberal, o presidente TCE, conselheiro Marcos Loreto, rebateu: “O Tribunal não atrasou em nada. Suas dificuldades, cada um que assuma”.
O não cumprimento do prazo inicial para a entrega do Capitão Temudo realmente não tem ligação com a atuação do TCE. O projeto inicial do viaduto, que data de 1976, previa uma obra com quatro faixas, onde duas das estacas de sustentação ficariam sobre os trilhos do metrô - que na época não existia. Como a duplicação foi anunciada em abril de 2008, sem a modificação necessária no projeto para garantir a sua implementação, a PCR precisou parar o serviço em determinados momentos para adaptar-se à nova realidade, requisitando aditivos que elevaram o valor da duplicação à cifra de R$ 41 milhões. Pouco mais de R$ 9 milhões a mais do previsto.
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