sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Debate: Geraldo e João Paulo trocam farpas

Por Magno Martins 

Quatro candidatos participaram do debate: Priscila Krause (DEM), Geraldo Julio (PSB), João Paulo (PT) e Daniel Coelho (PSDB) (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
A rivalidade entre PT e PSB no Recife esteve no foco do final do encontro entre os candidatos a prefeito da capital
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A rivalidade entre PT e PSB foi foco do encerramento do debate entre os candidatos à Prefeito do Recife na noite desta quinta-feira (29). O tema que provocou embate direto do prefeito e candidato à reeleição com o postulante e ex-prefeito João Paulo foi a saúde. O questionamento sobre o assunto ficou a cargo do pessebista, que quis saber quais as propostas do petista. 
De acordo com João Paulo a saúde piorou na gestão de Geraldo com a “falta de medicamentos essenciais para a nossa população como a diabete, a pressão, a falta de médicos, a falta de capacitação, a falta de diálogo com os próprios servidores. Há uma insatisfação dos servidores públicos em todas as áreas. A qualidade das nossas maternidades, com respeito as mães. Na minha gestão nós deixamos as três maternidades com a premiação do Unicef como Maternidade Amiga da Criança, recuperamos equipamentos, implementamos os agentes de saúde que, inclusive, trabalhavam através de uma cooperativa. Através de uma lei federal do deputado Maurício Rands, ex-deputado, conseguimos incorporar esses servidores a rede pública e vamos tornar a criar o hospital da criança na nossa cidade, porque a nossa cidade precisa”. 
Depois de pontuar o que fez e quais seus projetos futuros para a cidade, caso seja eleito, o ex-prefeito provocou Geraldo ao citar que o vice-prefeito de João da Costa (PT) era do PSB. “E quero dizer que quando o Geraldo reclama dos quatro anos, ele parece que tem memória curta, o vice era Milton Coelho, que era do PSB. Então essa responsabilidade, se foi assim, que não foi, é sua”, cravou durante o debate promovido pelo Globo. 
Ao ter sua fala retomada, o candidato à reeleição disparou: “Olha candidato João Paulo, com todo o respeito, acho que o senhor está confundindo. Você governou o Recife por 12 anos com João da Costa. João Paulo e João da Costa governaram o Recife por 12 anos. João Paulo foi prefeito por oito anos e o outro indicado pelo primeiro por mais quatro anos. João Paulo e João da Costa 12 anos no Recife”. Ele também pontuou o programa Mãe Coruja. “Quase quatro mil gestantes foram cadastradas, a gente garante as sete consultas de pré-natal, três ultrassonografias, assistência completa ao parto e o atendimento da criança até os cinco anos de idade. Conseguimos reduzir a mortalidade infantil pela primeira vez. Fazia muitos anos que a mortalidade infantil não era reduzida aqui na cidade. E agora para tratamento de AVC, hipertensão, diabetes, fisioterapia. Nós vamos construir o hospital do idoso no Recife. Nós fizemos um hospital e vamos fazer outro para atender uma demanda que existe. Você que está em casa sabe que a pessoa idosa precisa desse atendimento e agora eles vão ter um atendimento de qualidade 
Na conclusão do bloco de perguntas e respostas, João Paulo contestou as realizações da gestão de Geraldo. “Olha, todas essas questões que ele está propondo não são na cidade do Recife, deve ser em qualquer outro canto do mundo”. Segundo o petista, a população se queixa do descaso com a saúde. “O reclame é em todo canto, as mães não têm lugar para socorrer seus filhos. As pessoas estão doentes e não têm o atendimento, o médico tem que se deslocar e nós vamos dar, Geraldo, aquela qualidade que eu deixei na nossa gestão, na gestão do PT na saúde. Vamos a ter a medicação, voltar a dar autoestima aos nossos servidores, voltar ao programa de saúde bucal, eu criei três urgências odontológicas: na Campina do Barreto, no Ibura e em Afogados, que hoje estão fechadas”, criticou. 
Em seguida, o mediador, o jornalista Márcio Bonfim abriu espaço para as considerações finais. A primeira a falar foi Priscila. A democrata disse que essa é uma eleição de dois turnos e pontou que sua campanha foi marcada por “amor” ao Recife, de proposições e respeito a cidade. Depois João rememorou sua atuação de 46 anos na militância política “em portas de fábricas, nas ruas, na comunidade, eu caminhei muito essa cidade e vi uma situação de muito abandono e de muitas dificuldades que o nosso povo vive. Foi isso que me trouxe ao coração uma energia extraordinária”. Ele ainda se disse seguro estará no segundo turno. O tucano Daniel se colocou como a real opção de “mudança” na disputa eleitoral do Recife. “Falamos ao longo dessa jornada em funcionar o que já existe, em detrimento de sair prometendo um monte de coisa que depois não vai ser cumprido”. Nós construímos ao longo desse tempo uma alternativa real de mudança. Todas as pesquisas estão mostrando que essa mensagem está sendo muito bem recebida. É por isso que todos os institutos têm que reconhecer que nós estamos crescendo e nos aproximando da segunda posição. A partir daí a certeza que nós vamos estar no segundo turno, ela nasce da sua esperança de construir um Recife diferente”. 
Já Geraldo falou da descrença na política por parte da população devido a situação de crise instalada no país. Mas se apresentou como “parte de uma nova geração de políticos e tenho compromisso com o trabalho, com o realizar e com o fazer”. Ele pediu a confiança do eleitor para que possa “renovar a esperança de construir uma cidade melhor” e garantiu que vai “lutar, sobretudo, por aqueles que mais precisam”.

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