sábado, 17 de setembro de 2016

Lula deu uma de Collor

   Por Magno Martins
Durante longo pronunciamento político para um grupo fechado de líderes petistas, o ex-presidente Lula contestou a denúncia do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e corrupção. Optou pelo discurso político. Apresentou-se como vítima. Fez retrospectiva de sua vida sindical, partidária e pública e, sem ser original, culpou a imprensa. Lula reeditou Fernando Collor. Em agosto de 1992, atingido também por uma saraivada de denúncias de envolvimento em atos de corrupção, o então presidente convocou os brasileiros para saírem às ruas com a bandeira nacional. Milhões de cidadãos de todos os credos, partidos, idades e raças saíram de caras pintadas, verde e amarelo, para pedir o impeachment de Collor.
Agora, Lula convocou a militância para protestar com "camisas vermelhas". Ignorou protestos de milhões e milhões de brasileiros que, orgulhosos e emocionados com as solenidades e conquistas da Olimpíada Rio 2016, e com as pacíficas e monumentais manifestações dos últimos três anos, rejeitaram de forma contundente as bandeiras vermelhas. Elas eram confundidas com corrupção, desordem, vandalismo e recessão.
A equivocada convocação de Lula teve outro fato negativo. Em nenhum momento o ex-presidente refutou as graves acusações de ser "comandante do esquema de corrupção" ou se referiu aos correligionários e amigos do PT, do PMDB e do PP, condenados, presos, investigados ou na cadeia. Todos por ele nomeados ou apadrinhados.
Quando faz a defesa com discurso exclusivamente político, Lula pode até sensibilizar a militância petista. Mas pouco esclarece sobre as graves acusações que envolvem seu nome no Mensalão e no Petrolão.

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