
Os dois assessores despachavam no terceiro andar do Palácio do Planalto, mesmo pavimento do gabinete presidencial.
Fillipelli foi preso pela Operação Panatenaico para não atrapalhar as investigações sobre o suposto pagamento de propina e superfaturamento na construção do Mané Garrincha. A operação se baseou nas delações premiadas dos executivos da Andrade Gutierrez à Lava Jato.
Segundo os delatores, Filippelli teria sido um dos beneficiados pelo esquema de corrupção que desviou dinheiro da reforma da arena de Brasília.
Construído para a Copa do Mundo de 2014, o estádio foi orçado, inicialmente, em R$ 600 milhões. No fim das contas, a obra acabou custando R$ 1,7 bilhão. Segundo os investigadores, o superfaturamento nas obras pode ter chegado a R$ 900 milhões.
Já Mabel é investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de ter recebido caixa 2 da construtora Odebrecht. Na carta de demissão entregue a Temer nesta terça, ele agradeceu por ter passado dois anos participando das decisões do governo e lembrou que trabalhava como colaborador, sem remuneração, e que tinha pedido para se afastar do cargo algumas vezes para se dedicar à família.
Segundo a colunista do G1 Andréia Sadi, a Procuradoria da República em Goiás – estado que é a base eleitoral do agora ex-deputado de Temer – requisitou, na semana passada, a instauração de um inquérito policial para apurar supostos pagamentos ilícitos feitos, nas eleições de 2010, por ex-executivos da construtora a Mabel.
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