Segundo turno é de Serra. Em todos os cenários

A situação é animadora para Dilma Rousseff. Subiu 13% de dezembro pra cá. Mas Serra ainda vence em todos as simulações para o 2º turno. Leia abaixo o que diz hoje Marisa Gibson na sua coluna Diario Político:

O presidenciável tucano José Serra mantém a liderança, mas vem caindo nas pesquisas, e a candidata do PT, Dilma Rousseff, vem acelerada em curva ascendente – a diferença entre Serra e ela, que era de 21% em dezembro do ano passado, caiu para 5% pela pesquisa da CNI/Ibope divulgada ontem.

Um dado, no entanto, deixa os oposicionistas animados e os governistas de orelhas em pé: pelo mesmo levantamento CNI/Ibope, Serra tem vantagem em todas as simulações de segundo turno.

Ou seja, se a eleição fosse realizada hoje, o governador José Serra venceria todos os demais concorrente no segundo turno.

Dá para entender, portanto, a confiança demonstrada por Serra, lá no seu esconderijo em São Paulo, assim como a euforia de Dilma que, carregada pelo presidente Lula para todos os cantos do Brasil, ultrapassou os obstáculos que travavam sua candidatura e chegou cedo aonde ninguém esperava: encostou em Serra.

E os governistas vão correr ainda mais. Embora não seja fácil, eles querem liquidar a eleição no primeiro turno.

Aliás,isso é o que todo candidato quer e que depende sobretudo de um vacilo do adversário. Serra, portanto, terá quer ser um gigante ao longo da campanha eleitoral para superar a grande vantagem de sua adversária que é o apoio do presidente.

Mais da medade dos brasileiros, pela pesquisa CNI/Ibope, prefere votar em um candidato apoiado por Lula e 42% dos entrevistados ainda desconhecem quem é o candidato de Lula.

E um número assustador: 83% da população aprova a maneira de governar do presidente Lula. Diante desta realidade, quais serão os argumentos que a oposição vai apresentar para convencer o eleitorado a mudar o comando do país?

Essa é uma grande incógnita. Até agora, ninguém sabe quais as propostas de Serra e quais os caminhos que ele pretende trilhar para chegar, se for o caso, à presidência da República. Bem, faltam seis meses para a eleição.

A oposição considera tempo suficiente para trabalhar a cabeça e o voto do eleitorado. Lula e Dilma caíram em campo faz tempo.
Por Josué Nogueira