domingo, 28 de março de 2010

Senado é destino preferido de governadores

A maioria dos governadores brasileiros tem o instituto da reeleição a seu favor em 2010, sendo assim, a lista daqueles que vão se desincompatibilizar para disputar outros cargos é pequena. Despedem-se de seus governos: Blairo Maggi (MT), José Serra (SP), Aécio Neves (MG), Luiz Henrique (SC), Roberto Requião (PR), Wilma de Faria (RN), Eduardo Braga (AM), Waldez Goes (AP) e Ivo Cassol (AC). Entretanto, esses gestores têm um outro ponto em comum: vão disputar uma vaga no Senado Federal, com exceção apenas do governador de São Paulo, José Serra. A cobiça por uma vaga na Casa Alta, explica-se porque “o Senado tem funções mais compatíveis com as administrações estaduais”, esclarece o cientista político João Paulo Peixoto.

Atualmente composto por 81 representantes, o que não falta no Senado são ex-governadores. Senador pelo Ceará, Tasso Jeressati (PSDB) já comandou o estado por três vezes. Cumprindo seu primeiro mandato como senador, está o ex-governador por dois mandatos de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB). Orestes Quércia, que deve disputar uma vaga no Senado na eleição deste ano, também já foi governador de São Paulo.

Dois governadores, sem prerrogativa de reeleição, já anunciaram que não disputarão cargos públicos: Wellington Dias (PT - Piauí) e Paulo Hartung (PMDB - ES). Hartung permanece à frente do Palácio Anchieta até 31 de dezembro de 2010. O chefe do executivo estadual afirmou que não deixará o cargo para concorrer ao Senado, como especulava-se no mercado político. Já Wellington Dias, a contragosto do presidente Lula que queria vê-lo na disputa do Senado, anunciou no começo do mês que terminaria o mandato, conduziria a sua sucessão no estado, coordenaria a campanha de Dilma Rousseff no Nordeste e só depois pensaria no seu futuro político. Na mais recente pesquisa Ibope, Dias aparecia com 61% das intenções de voto para o Senado. FP,28/03/10


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