terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Disputa pelo segundo escalão acirra ânimo dos aliados

Do Ig

A disputa por postos de segundo escalão do novo governo federal vai além das insatisfações do PMDB. O PP, o PR, o PSB e o próprio PT travam uma batalha nos bastidores pelos cargos que restaram na Esplanada dos Ministérios e nas empresas estatais. Apesar das pressões políticas, a presidenta Dilma Rousseff tenta impor um perfil mais técnico no segundo escalão. Antes mesmo de o deputado Mário Negromonte (BA) tomar posse no Ministério das Cidades, o partido dele, o PP, já dava inicio a uma disputa pela vaga de secretário-executivo da pasta. Apoiado pelas bancada no Congresso, Rodrigo Figueiredo é favorito para permanecer na vaga. Setores do partido ligados ao ex-ministro Márcio Fortes tentam minar sua manutenção.

Em outra frente, o novo ministro Negromonte trabalha para indicar o aliado político Roberto Muniz (também do PP-BA) para o lugar de Figueiredo. Muniz tenta ganhar o apoio do PT baiano. Ele é o primeiro suplente do senador eleito Walter Pinheiro (PT-BA). Muniz tinha esperanças de que Pinheiro ganhasse uma vaga na Esplanada, o que não ocorreu. Ainda no Ministério das Cidades, o PT garantiu a manutenção de Inês Magalhães na Secretaria de Habitação. A área é estratégica porque comanda o programa Minha Casa, Minha Vida. Além de contar com o apoio do ex-ministro José Dirceu, Inês Magalhães foi mantida a pedido por Negromonte a pedido da própria presidenta Dilma.

No Ministério das Comunicações, a escolha do secretário-executivo gerou disputa entre petistas. Assessor especial da Casa Civil, André Barbosa Filho entrou numa queda de braço com o então assessor especial da Presidência República Cesar Alvarez. Acabou derrotado. Agora, Barbosa tem esperanças de assumir a nova Secretaria de Inclusão Digital da pasta.

Durante as transmissões de cargos entre os ministros, houve episódios que denotaram a disputa por cargos em segundo escalão. A bancada do PSB deixou de prestigiar a posse do ministro Fernando Bezerra Coelho na pasta de Integração Nacional porque até agora não foi atendida nas suas reivindicações. Presidente nacional do PSB e principal fiador de Coelho, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tentou minimizar a ausência dos deputados na cerimônia. “Não há absolutamente isso. Nós temos o partido unido para seguir crescendo”, disse Campos. “Em relação aos demais cargos, quem vai decidir é o ministro e a presidenta”, completou.

Outro partido que teve de passar por uma discussão mais longa para definir seu segundo escalão foi o PR. Apenas na semana passada foi confirmada a manutenção de Luiz Antônio Pagot na diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit). Pagot tem trajetória no Mato Grosso, onde foi aliado do senador Blairo Maggi. Uma ala do partido, porém preferia o ex-senador César Borges (PR-BA), que não conseguiu se reeleger, na diretoria do Dnit.

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